Deixe os olhos pousarem
E repousarem no canto da pálpebra
No travesseiro da retina
Se deixe cegar...
Para quê enxergar
O mundo velho,
Velho mundo
Se não há nada
De valor, nem uma jóia de
sentimento?
Será que o cego é mais feliz que eu?
Se fecho os olhos eu consigo fugir?
Mas daí, dano a abrir
Abrir e reabrir...
É sol queimando íris
E a nojeira desse mundo embaçando...
Será que se eu furar os olhos serei mais feliz?
Mas daí, tem gente me chamando de:
“- Covarde!”
Covarde é sua mãe... Seu que não agüento...
Eu fujo mesmo!
O que eu vou fazer aqui?
Nesse mundo mesquinho
Onde eu sou mais um “inho”
Pra infiltrar desalinhos nas mentes de qualquer
Ralé!
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